Fluxo cambial líquido na semana de 5 à 9/11 positivo US$ 303,0 mi, líquido mês negativo US$ 628,0 mi

O fluxo cambial divulgado ontem pelo BC envolvendo o período 5 à 9/11 revelou-se positivo em US$ 303,0 milhões, sendo positivo comercial de US$ 1,245 bi e negativo financeiro de US$ 942,0 milhões No mês o fluxo cambial líquido está negativo em US$ 628,0 milhões, registrando comercial positivo de US$ 1,119 bi e financeiro negativo de US$ 1,747 bi.

A posição dos bancos em 9/11 estava vendida em US$ 6,287 bi e considerados e deduzidos US$ 1,250 bi de linhas de financiamentos em moeda estrangeira com recompra tomados do BC, resulta liquida em US$ 5,037 bi.

Observa-se o seguinte nesta semana de 5-9/11:

- bancos retornaram ao BC o montante de US$ 900,0 mi, reduzindo o montante de linhas de financiamento com recompra tomado de US$ 2,150 bi para US$ 1,250 bi;

- não há evidência de fluxo intenso de saída no dia 7/11 como mencionado em comentário por agência de noticias importante que acompanha o nosso mercado, no dia o fluxo foi negativo tão somente US$ 40,0 mi; e

- a despeito da menção de saídas substantivas da Bovespa na semana não há indícios que os recursos tenham saído do país.

Este montante de posição vendida líquida, US$ 5,037 bi já é sugestivo de que o Banco Central do Brasil oferte novos lotes de financiamento em moeda estrangeira com recompra para os bancos.

No mês de novembro até o dia 9/11 não há sinais líquidos de saída significativa de recursos financeiros líquidos do país, já que o fluxo financeiro líquido do mês até aquela data é US$ 1,747 bi.

No ano até 9/11 o fluxo cambial está positivo em US$ 17,746 bi, comercial positivo em US$ 40,606 bi e financeiro negativo em US$ 22,860 bi, tendo sido este volume financeiro desfavorável pelo grande volume de saída de recursos aplicados em carteira de renda fixa (US$ 16,5 bi nos meses de agosto e setembro) motivados pela perspectiva, posteriormente confirmada, dos aumentos de juro americano.

Importante observar que há um volume líquido de cambio de fluxo cambial, data base 31/10, a ser contratado (físico maior do que contratado), da ordem de US$ 11,723 bi, que será agregado ao fluxo comercial quando o câmbio for contratado. Não há quaisquer sinais preocupantes de fuga de capitais estrangeiros do país.

Como se pode constatar as variações na formação do preço da moeda americana, revelando em alguns momentos certa volatilidade, não refletem demanda efetiva com pressão no mercado a vista e sim decorre dos posicionamentos de “comprados” e “vendidos” no mercado futuro, algo em torno de US$ 39,0 bi de cada lado e que se confrontam focando seus interesses, num contexto agora tendente a desfavorável para os “comprados”.

Há agora um fator adicional que é a postergação para estudo, propositura pelo novo governo e aprovação pelo Congresso da Reforma da Previdência, ponto crucial para melhora de perspectivas em torno da crise fiscal, que tende a criar para o preço do dólar um contingenciamento entre R$ 3,70 a R$ 3,80, e que pode demandar todo o 1º semestre do próximo ano.


Sidnei Moura Nehme
Economista e Diretor Executivo da NGO Corretora de Câmbio

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